Foi o fascínio quando há uns anos provei trufas de chocolate aromatizadas com a fava tonka. Utilizada na perfumaria e na gastronomia, a fava tonka ou cumaru é oriunda da árvore cumaru, espécie tropical de grandes dimensões, sendo a Venezuela, o Brasil e a Guiana Francesa os principais produtores mundiais. O aroma é um misto de baunilha, caramelo e canela. Quando finalmente a descobri à venda em Portugal, não resisti e preparei esta mousse de chocolate.
Ingredientes:
6 ovos grandes
180 gramas de açúcar
300 gramas de chocolate negro
Raspa de meia fava tonka
Enquanto o chocolate derrete em banho-maria, bater bem as gemas com o açúcar. Deixar arrefecer um pouco o chocolate antes de o juntar à mistura das gemas e açúcar. Juntar a raspa da fava tonka. Bater as claras em castelo e envolvê-las cuidadosamente na mistura. Levar ao frigorífico cerca de 8 horas ou, de preferência, de um dia para o outro.
No que toca a geladarias artesanais, a Santini faz parte do imaginário para quem cresceu entre Oeiras e Cascais. Mas nos últimos tempos abriram na cidade outras geladarias, todas bastante diferentes entre si quer pelas técnicas empregues, quer pela sazonalidade dos elementos usados na produção dos gelados. Se as preferências são a fruta, ninguém bate os italianos e aí ou é Nannarella ou é Gelato Davvero. Se a predileção é o exótico ou original, a Fragoleto e a Mú são uma excelente escolha, com a vantagem de a Mú ter cones sem glúten.
Enfim, uma tentação muito difícil de eu resistir. Mas quem é que na sua sanidade mental quer resistir?!
Santini: várias moradas
Fragoleto: Rua da Prata, n.º 61
Nannarella: Rua Nova da Piedade, n.º 68
Gelato Davvero: Pç. Praça São Paulo, n.º 1
Gelato Mú: Rua Dom Pedro V, n.º 1/Campo Mártires da Pátria, n.º 50
Datada da segunda metade do século XIX, esta estrutura cuja construção foi impulsionada por D. Fernando II e a sua futura segunda mulher, Elise Hensler, Condessa d’Edla, segue o modelo dos chalets alpinos, então em voga na Europa.
O seu interior, ainda em recuperação após um incêndio ocorrido em 1999, apresenta vários estilos decorativos, desde o estuque decorativo, aos azulejos, ao trompe-l’oeil e painéis embutidos de madeira. O jardim envolvente reúne vegetação autóctone e espécies botânicas provenientes dos quatro cantos do mundo.
Há mundo fora uns quantos dedicados ao ramen, à kimchi, às batatas fritas, etc, que suscitam em mim interesse zero. No entanto, fiquei curiosa quando soube que em Nova Yorque abrirá em breve o Museum of Food and Drink (MOFAD), cujo objectivo é mudar a maneira como pensamos sobre a comida, assim como inspirar curiosidade sobre o que comemos e porquê.
Os mentores do projecto são gente com cartas dadas em muitas áreas (ensino, restauração, comunicação, movimento slow food, etc) o que inspira confiança e credibilidade.
A primeira exposição terá como tema "Flavor: Making It and Faking It" que pretende mostrar como a indústria do sabor "separou" o sabor da comida e passou a dominar aquilo que comemos, prometendo aos visitantes uma aventura através da fisiologia, ciência, história e cultura por detrás do sabor.