Casa dos Patudos: a residência de uma figura marcante da República
A edificação da Casa dos Patudos surge na sequência da vontade de José Relvas em ampliar a casa já existente na Quinta dos Patudos, em Alpiarça, de forma a albergar a sua coleção de arte composta por pintura, escultura e artes decorativas.
Traçado o projecto em 1904 pelo arquitecto Raul Lino, este seria o espaço onde até à sua morte, em 1929, residiria José Relvas, conhecido por ter proclamado a República no dia 5 de Outubro de 1910 da varanda do edifício da Câmara Municipal de Lisboa. A verdade é ele não se distinguiu apenas por tal. Agricultor, colecionador de arte, músico amador, diplomata, estadista, eis as demais facetas em que se desdobrou José Relvas.
A simbiose entre José Relvas e Raul Lino na construção da Casa dos Patudos condicionou o seu resultado final: uma casa ampla, com vista para a lezíria, enaltecendo as artes portuguesas, usando os azulejos, os ferros, as cantarias, e em que o arquitecto será responsável, inclusive, pelo mobiliário.
Inaugurada como Museu em 1960, se a Casa dos Patudos constitui uma atracção só por si, a verdade é que o espólio é impar, sendo de destacar o espólio de pintura portuguesa com obras de, e título exemplificativo, José Malhoa, Columbano Bordalo Pinheiro, Constantino Fernandes e um notável acervo de obras de Silva Porto.
https://www.casadospatudos.com/